É muito comum que, quando um homem chega à terapia e tem uma queixa de ereção, se verifique que, para ele, sexo é sinônimo de penetração. Mas não é. Enquanto terapeuta, eu entendo que, para muitas pessoas, a penetração é importante, por isso vamos conversar um pouco sobre o antes, afinal, para o pênis ficar ereto é todo um processo.
Quando falamos nas dificuldades de manter a ereção, falamos em três tipos de dificuldades: a primeira é quando a ereção não ocorre; a segunda é quando o pênis fica ereto, mas por pouco tempo e; por fim, falamos em dificuldade de manter o pênis completamente ereto, ocorrendo uma ereção parcial. Essas dificuldades podem advir de uma série de fatores, como aspectos biológicos (cirurgias, machucados ou alta sensibilidade na glande), falta de estímulos adequados, pensamentos intrusivos na hora do sexo, emoções intensas (como ansiedade) ou ainda a pessoa pode ter tomado medicações que interfiram na ereção.
No processo terapêutico, quando falamos dos problemas de ereção, auxiliamos o paciente, em primeiro lugar, a reduzir os pensamentos catastróficos pois, uma vez que se perde a ereção, a tendência de que o homem fique hipervigilante na cena sexual pode aumentar a probabilidade de perder a ereção novamente. O processo terapêutico auxilia o paciente a focar mais no seu prazer e menos no seu desempenho, afinal, quanto mais preocupado, pior pode ser a qualidade da ereção.